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quarta-feira, 21 de julho de 2010

HISTÓRIAS DE FANTASMAS.

Uma boa história de fantasma propõe ser real os fenômenos nela retratados, e para isso o narrador deve tratar o leitor como seu amigo mais íntimo.Dessa forma,os textos contam a história literalmente,como se o narrador e leitor estivessem juntos tratando de um fato presenciado ou então apenas repassando por outra pessoa,geralmente envolvida na trama.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

HISTÓRIAS DE FANTASMAS





CRÍTICAS: Para fazer parte da "Sociedade Chowder", é preciso saber contar uma boa história de fantasmas. Não importa se ela realmente aconteceu, mas o modo como ela será narrada aos outros membros. Assim, durante décadas, essa sociedade, criada por quatro amigos - Ricky Hawthorne (Fred Astaire), John Jaffrey (Melvyn Douglas), Sears James (John Houseman) e Edward Wanderly (Douglas Fairbanks) -, tem o costume de marcar encontros à Lua Cheia, acompanhados de muita bebida e charuto, sob a luz de poucas velas, para contar histórias do além-túmulo. Mas, a pior história não iria sair de seus lábios...
Na cidade de Nova Iorque, um homem, David Wanderly (Craig Wasson), atira-se de uma janela de um alto edifício residencial após encontrar em sua cama uma mulher com um belo corpo, mas com um rosto cadavérico. Próximo dali, seu irmão gêmeo, Don (Craig Wasson), acorda de um pesadelo e decide procurar seu pai, Edward Wanderly. numa pequena cidade da Nova Inglaterra, em busca de respostas sobre a morte de David. Acreditando num possível assassinato - já que seu rico irmão não teria motivo para se suicidar -, Don vasculha a casa de seu pai e encontra uma velha fotografia bastante reveladora: Ricky, John, Sears e Edward estão posando próximos a uma bela e misteriosa mulher, alguém que ele conhecera há pouco tempo, mas fez questão de esquecer.
Antes que possa entender a morte do irmão, Don ainda sofre mais uma perda: seu pai se joga de uma ponte após um encontro fatal com a mesma aparição que vitimou David. Pouco a pouco, a "Sociedade Chowder" vai perdendo seus membros, vítimas de uma vingança sobrenatural, de um passado que os quatro amigos esqueceram de enterrar. Só resta a Don uma atitude: contar sua história assustadora e entrar de vez para o seleto grupo a fim de solucionar esse mistério.
"Histórias de Fantasmas" apresenta uma produção de horror à moda antiga: bons cenários como o casarão abandonado com seu estilo gótico e mórbido; uma aterrorizante atmosfera causada pelas fortes tempestades de neve - que orquestram o mistério e a claustrofobia; um bom enredo - no melhor estilo das histórias em quadrinhos de terror sobre fantasmas vingativos -; e, sem dúvida nenhuma, o excelente elenco, liderado por quatro grandes atores já falecidos, tendo como destaque Fred Astaire, em seu último filme, como o sublime Ricky Hawthorne.
Craig Wasson (Dublê de Corpo) também está bem em seu duplo papel, principalmente como o apaixonado Don. Porém, sua interpretação não se compara a Alice Krige, que é, sem dúvida alguma, o maior destaque do filme. È impressionante o quanto ela consegue transmitir o medo com um simples olhar - tanto que não havia necessidade de usar a maquiagem para transformá-la em uma morta-viva - e convencer o espectador como a enigmática Alma Mobley e como a inocente Eva Galli.
Sem a intenção de estragar a surpresa do leitor, é necessário mencionar a cena mais assustadora de "Histórias de Fantasmas", num dos momentos mais marcantes do cinema de horror: no casarão abandonado, após cair da escada e quebrar a perna, Don fica impossibilitado de se locomover, enquanto aguarda o retorno de seu acompanhante que saiu para buscar ajuda. Eis, que surge no andar superior, vestida de noiva, o espectro de Eva/Alma. No mais absoluto silêncio, Don sente um calafrio e começa a ouvir a cauda do vestido sendo arrastada pelo chão, a passos extremamente lentos. A câmera focaliza apenas a roupa branca e o sofrimento do rapaz que sabe que o fantasma se aproxima. Ao aproximar-se, ela diz:

Histórias de fantasmas em edifícios em São Paulo


Foto do Edificio MartineliHistórias de fantasmas habitam a imaginação e a vida de pessoas que convivem com lugares marcados por tragédias. Funcionários e visitantes de dois grandes edifícios de São Paulo (Edifício Andraus e Martinelli) afirmam que os prédios são habitados por fantasmas e que ouvem barulhos estranhos durante a noite.

No dia 24 de fevereiro de 1972, o edifício Andraus foi vítima de um incêndio (que acredita-se que tenha começado com anúncios de publicidade colocados na marquise do prédio) que matou 16 pessoas e feriu mais de 300.

Um dos motivos que impediu uma tragédia maior foi o fato do Andraus ter um heliporto no último andar. Hoje, o prédio que fica localizado no centro de São Paulo é um dos mais seguros da cidade.

11 anos depois do incêndio, muitos funcionários do edifício, principalmente vigias noturnos e seguranças, afirmam ouvir sons estranhos vindos de certos locais do Andraus.

Armários que abrem as portas sozinhos, gritos nas escadas e ruídos estranhos fazem parte da rotina dos funcionários do edifício. Alguns deles afirmam realmente ter ouvido sons durante a noite, mesmo sabendo que o prédio estaria complemente vazio.

É inevitável não fazer ligações entre os sons estranhos vindos do interior do prédio com o sofrimento das pessoas que morreram naquele triste dia 24 de fevereiro.

Mas não são só prédios marcados por catástrofes que tem seus contos de fantasmas e histórias assustadoras. O edifício Martinelli, localizado também no centro de São Paulo, guarda histórias assustadoras sobre uma "hospede" inusitada.

Acredita-se que uma moça loira e sem rosto circula pelo interior do Martinelli durante a noite. Ela teria os cabelos compridos, impedindo que se veja sua face. Algumas pessoas afirmam que já viram máquinas de escrever funcionarem sozinhas e portas de armários baterem.

Os funcionários e visitantes que conhecem a história afirmam que a loira deve ser da época do inicio da construção, por volta de 1930, que ronda o edifício até hoje.

São histórias assustadoras de pessoas que já passaram por momentos difíceis que tornam mais místicas e fantásticas as histórias de fantasmas que assombram casas e prédios em grandes cidades. Se é verdade ou não, dificilmente saberemos, mas uma coisa podemos concluir - Ou a história desses prédios alimenta a imaginação fértil de contadores de histórias, ou coisas muito assustadoras acontecem lá dentro.

por Reinaldo Ferraz


Histórias de fantasmas

por Taize Odelli * – Existem temas que cativam leitores de todos os estilos, envolvendo em narrativas que encantam ao mesmo tempo em que assustam. Ou será que o encanto vem justamente dos sustos? Estou falando das histórias de fantasmas. O relato de alguma aparição, pelo menos, todo mundo já ouviu, esse é tema recorrente em rodas de conversas. Fantasmas prendem até aqueles que dizem não gostar do assunto, contribuindo para que as histórias sejam tão propagadas e ouvidas. Agora, adoradores do sobrenatural conseguiram uma boa fonte de “causos” fantasmagóricos: O grande livro de histórias de fantasmas.

A antologia propõe a reunião de contos sobre seres sobrenaturais, organizados pelo pesquisador literário Richard Dalby. Contudo, não é qualquer um que entra nessa coletânea. Primeiro, o texto tem que ser de qualidade. Segundo, deve ser assustador. E terceiro, tem que ter sido escrito por uma mulher. A iniciativa da reunião foi da editora inglesa Virago Press, que publica apenas livros escritos por mulheres.

Richard Dalby, amante de histórias de fantasmas, publicou outros dois livros dedicados ao gênero do horror:The mammoth book of Victorian and Edwardian ghost stories e Dracula`s brood: Neglected vampires classics. Para O grande livro, ele usou como fonte o Virago book of ghost stories: The twentieth century (1987 e 1991) e Virago book of Victorian ghost stories (1988). Assim, a obra abrange contos dos séculos XIX e XX, que representam o melhor da história de horror do período.

Contos fantasmagóricos se tornaram febre em publicações como Household word e All the year round. As edições que mais vendiam eram as de Natal, repletas de histórias fantásticas. Muitas das grandes autoras do gênero escreveram para essas revistas, como Elizabeth Gaskell (1810-1865), Charlote Riddell (1832-1906) e Margaret Oliphant (1828-1897). “A história da velha babá”, de Gaskell, é um dos contos mais arrepiantes. Ele fala de uma babá que luta para manter sua protegida longe de assombrações, montando uma atmosfera aterrorizante que causa no leitor o mesmo medo que as personagens sentem. “A porta aberta”, de Oliphant, tem a mesma intensidade, mostrando que o fantasma pode apavorar não só quando é visto: basta ser ouvido.

Uma boa história de fantasma propõe ser real os fenômenos nela retratados, e para isso o narrador deve tratar o leitor como seu amigo mais íntimo. Dessa forma, os textos contam a história literalmente, como se narrador e leitor estivessem juntos tratando de um fato presenciado ou então apenas repassado por outra pessoa, geralmente envolvida na trama. O único conto que foge desse padrão é “Os alegres campos outonais”, de Elizabeth Bowen (1899-1973). Ela explora as reações humanas ao sobrenatural, não deixando claro no texto o que é assombração e o que é a realidade. Passado e futuro se alternam, mostrando duas irmãs com um comportamento peculiar e uma mulher que supostamente as vê.

Vários tipos de fantasmas preenchem O grande livro. Eles vão de mulheres adultas a homens, crianças e até objetos. Quando a alma perturbada é uma mulher, geralmente as histórias se centram em um caso de amor com um fim trágico, resultante do abandono e opressão. É essa uma das características feministas dos contos, que também apresentam mulheres fortes e independentes. Além do amor, botar ordem no comportamento dos vivos é outro estopim das aparições. É assim em “Os olhos”, de Edith Wharton (1862-1937), onde um par de olhos tira o sono de um homem que faz falsas promessas.

Quando o assunto é objetos assombrados, “O livro”, de Margaret Irwin (1889-1967), é o mais assustador. Um misterioso livro aparece na biblioteca da casa de uma respeitada família e chama a atenção do pai. Ele passa a traduzir os dizeres em latim impulsionado pela curiosidade, ao mesmo tempo em que seu comportamento com a esposa e filhos muda. Não é um fantasma propriamente dito que aterroriza o homem, mas a influência que o livro tem sobre ele, ditando seus passos e o levando a cometer atos terríveis. Um conto que pende mais para o lado dos demônios, retratando uma possessão, fenômeno que não ocorre nos outros.

Há espaço também para contos que falam da bondade de assombrações, ou então de sua irreverente presença. May Sinclair (1863-1946) retrata em “O símbolo” uma mulher que não abandona seu marido até que ele lhe diga que a ama, algo nunca feito em vida. Ela não deseja o mal, apenas quer uma resposta. Já “Não conte para a Cissie”, de Celia Fremlin (1914-2009), é um dos contos mais extraordinários, que pega o leitor de surpresa. Cissie é uma atrapalhada senhora de bom coração que acaba com qualquer programa de suas melhores amigas. Elas então resolvem investigar um fantasma e deixar Cissie de lado para não frustrar seus planos. Digamos que elas encontraram um fantasma, mas não o que esperavam. Assim como o leitor.

O livro abre uma porta para a descoberta de novos trabalhos dessas grandes autoras, para muitos desconhecidas.